30 de setembro de 2014

[Poema] Os Meus Livros - Jorge Luís Borges

Oi, gente linda!
Eu gosto muito do Jorge Luís Borges. Tanto que tenho uma citação dele, que levo para a vida: "Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de Biblioteca". Eu gosto muito, e hoje, eu trouxe um poema que também gosto muito, o "Os Meus Livros", do mesmo.
Sou apegada aos meus livros. Nesse momento, todos estão ensacados para não pegar umidade, ou serem furados por traças. Pois estão expostos. Ainda não tenho um lugar para eles, coitadinhos. Tenho um cuidado enorme, e não empresto para ninguém. Meu marido volta e meia diz: "Porque que você não os vende, já que eles estão aí, sem uso?" Normalmente eu quase tenho uma síncope, mas deixo passar. Haha
Tadinho, ele não entende esse amor maluco. 
Meu sonho é ter minha biblioteca privada, onde só eu, e meu futuro filho - talvez - possa entrar. Que seja de fato secreto, e que eu possa por meus melhores amores naquelas prateleiras. Um dia vou ter. Está na minha lista. :)

E o Jorge Luís, era tão apaixonado pelos livros quanto eu. Era tão apegado quanto. Por isso me identifico tanto. 
O poema é assim:


Os Meus Livros
Os meus livros (que não sabem que existo) 
São uma parte de mim, como este rosto 
De têmporas e olhos já cinzentos 
Que em vão vou procurando nos espelhos 
E que percorro com a minha mão côncava. 
Não sem alguma lógica amargura 
Entendo que as palavras essenciais, 
As que me exprimem, estarão nessas folhas 
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo. 
Mais vale assim. As vozes desses mortos 
Dir-me-ão para sempre. 

Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"



Esse poema, fala dos livros que ele possui, mas não pode ler. Como se esse livro, ganhasse vida, e como ele não pode ler, este não sabe da existência dele.
Para dar um exemplo melhor, é como se os livros fossem um artista muito famoso que você ama muito, como se ele fizesse parte da sua vida efetivamente. Mas esse artista, não sabe que você existe. Porque ele nunca te viu pessoalmente. 
Deu pra entender? haha
É mais ou menos isso. 
Eu gosto desse poema, porque os livros, nos dão essa impressão, de nós estarmos lá dentro da história. Quando o personagem sofre, também sofremos, quando eles estão felizes, também ficamos e assim por diante. 
Eu me envolvo muito com a história de certos livros, e é por isso que me apego tanto neles. 

E você? É como eu? 
Conhecia o Jorge Luís Borges?
Conta aí, compartilhe com a gente!

Até mais!
Beijos! 


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